Abandono alucinado
lembro-me de todos os teus quadros
e, de tanto os amar
já sou, eu própria, um traço
um contorno vermelho, azul ou branco
uma sombra ou uma entrada de luz
ou a mão
que pede o teu braço
e segue contigo
(Bia)
A Razão do Poeta
Páginas soltas
ROSA DOS VENTOS
Se cruzou com o meu sangue que veio do Norte
Não foi por acaso que o meu sangue que veio do Oriente
Se cruzou com o meu sangue que veio do Ocidente
A Natureza e o Tempo me valeram séculos e séculos
Ansiosos por este resultado um dia
E até hoje fui sempre futuro.
Faço hoje a cidade do Antigo
E agora nasço novo como ao Princípio:
Foi a Natureza que me guardou a semente
Apesar das épocas e gerações.
Cheguei ao fim da continuidade
E agora sou o que até ao fim fui desejo.
O Centro do Mundo já não é no meio da Terra
Vai por onde anda a Rosa dos Ventos
Vai por onde ela vai
Anda por onde ela anda.
Agora chego a cada instante pela primeira vez à Vida
Já não sou um caso pessoal
Mas sim a própria Pessoa.
4 comentários:
Sempre fascinado pela tua criatividade, segui o teu trajecto de pesquisa, pontuado pelas longas e saborosas conversas sobre a essência das coisas e pelas viagens primeiras do Clavadel, que estão sob a pele dos teus quadros. Guardarei a "Alma do Argonauta" como uma parte dessa vivência.
bom trabalho amigo
Vivências iluminadas pelo(s) Mestre(s).
Pax
apreciei os seus quadros e partilhei este no mural do mau facebook. Espero não estar a cometer alguma ilegalidade, nesse sentido aqui deixo o meu pedido tardio de desculpa por não te tido esse cuidado antes.
grata e bem haja pelo seu trabalho
esmeralda
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